A Adevaldo Ribeiro Filho, meu pai
eu não conheci meu pai
mas é como se o soubesse.
dentro do fruto dentro de si
sabe da árvore que tomba
e na morte diz à terra
que já voltou
eu não conheci meu pai
mas é como se o sentisse.
a gota d’água que voa
forma nuvens e volta a terra
e forma de novo o rio
de onde um dia saiu
e que secou
eu não conheci meu pai
mas é como se o dissesse.
centelha soprada ao vento
ateia flamas labaredas
em folhas secas e bebe
o ar e cospe o fogo
que se apagou
eu não conheci meu pai
mas é como se ele fosse.
gole de vento tufão
brisa sopro ventania
me conta da calmaria
nas veias de onde eu venho
diz o que tenho
diz onde eu voo
Que linda essa poesia!!!
ResponderExcluirA vida é perfeita mesmo. Após vc ser pai, vc pôde fazer uma poema falando sobre sua origem:sabendo, sentindo, dizendo, sendo.
Que Pedro lhe dê coragem e sabedoria para cada vez mais perceber a beleza da vida. E a roda da vida segue girando...
Te amo, Katri
Linda poesia ! :)
ResponderExcluirSimplismente, sensacional.
ResponderExcluirParabens.
Uma saudade sob o cimento "apilado" pelo tempo.
ResponderExcluirabraço
andré, seu poema é ótimo, tambem escrevo. boa sorte
ResponderExcluir