vejo olhos em cinema mudo
frases em preto e branco
pontas de sentimento
esmagadas em cinzeiros
tudo é velocidade
trem bala, espero dos outros passeio de barco ao por do sol
somos outdoors de nós mesmos
vivemos de aflição e nada é fato
nada é fluido. Tudo é nesga
a lua é bela, até o próximo prédio.
Temos urgência em deixar de ser o que ainda não somos.
e a grama do vizinho é sempre mais verde.
Sangue Novo, 2011
"somos outdoors de nós mesmos"
ResponderExcluirDisse muito em pouco com esse verso cara... No livro esse é um dos poemas que li mais de uma vez.
Abraço;
Fabrício
Olá, André! Sua escrita é marcante, repleta de sentimento e significação! Gostei muito do seu poema!!
ResponderExcluirDestaco os versos que mais profundamente me tocaram: "somos outdoors de nós mesmos /
vivemos de aflição e nada é fato / nada é fluido. Tudo é nesga"...
Desejo-lhe muito sucesso!
Bjs
Ana Paula (Sandra! rsrs)
Muito bem, colega!!! Muito sucesso pra vc!
ResponderExcluirAndré, faço coro com o Fabrício: "No livro esse é um dos poemas que li mais de uma vez." Muito bom. Abraços.
ResponderExcluirDeco, você é foda. Moisés Dantas.
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