Meu olhar é clandestino
Sem cão sem tino
E nem por isso desafino
Sou um acorde dissonante
De ferir ouvidos se compõe em harmonia
De destino errante
Toda represa um dia estoura
Em um verso o subterrâneo transborda
Como matéria decomposta
Estrume que vira planta
Em lodo que arromba porta
Só está vivo o que se canta
É isso aí: "só está vivo o que se canta": a mesma força do lodo, do estrume, do subterrâneo é a que move as das entrelinhas. Muito bom!
ResponderExcluirEu sabia que tinha algo sobre isso. Achei:
ResponderExcluirhttp://euemeueu-lirico.blogspot.com/2011/04/momento.html